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sábado, 11 de março de 2017
PROFISSIONALIZANDO A SEGURANÇA
Shoppings profissionalizam área de segurança para deixar violência do lado de fora
Empresários investem para manter viva no cliente a certeza de que comprar em shopping é mais seguro
Por Denise Mello
Se no século passado, os brasileiros
sentiam calafrios só de pensar na "alta do custo de vida", neste século a
violência é o que mais apavora a população. Essa informação vem sendo
tratada com toda atenção pelos shopping centers do país, e não é de
hoje. Se um dos principais atrativos dos shoppings é a sensação de
segurança que o cliente tem ao estar dentro deles, não há preço que
pague a manutenção deste diferencial, concluíram a maioria dos
empreendedores.
E como os shoppings estão tratando a
segurança hoje? Com toda prioridade possível, diz Nilton Almeida,
gerente corporativo de segurança da Ancar Ivanhoe Shopping Centers,
considerado um dos maiores especialistas do setor no país. Almeida veio a
Curitiba falar aos empreendedores do setor no Encontro Regional da
Associação Brasileira de Shopping Centers, que ocorreu no último dia 20.
Responsável
pela gestão de segurança de 13 shoppings, Almeida afirma que o mercado
hoje não aceita mais aquela segurança caseira, feita por profissionais
oriundos de outros setores. Segundo ele, a profissionalização tomou
conta de cada metro quadrado deste negócio. "O gestor de segurança
deixou de ser aquela pessoa que tinha experiência em outras áreas e
passou a ser uma pessoa com formação específica para atuar neste
segmento. São profissionais qualificados com técnicas não mais baseadas
no "achismo", mas sim em informação qualificada", diz. Segundo o
especialista, a área de segurança passou também a ter posição
estratégica dentro do segmento de shopping center. "Temos exemplos nos
EUA onde é comum encontrar gestores de segurança no cargo de
vice-presidente tamanha a importância da área dentro do contexto da
empresa. E, sem dúvida, o Brasil está caminhando para isso".
O certo e o errado
Almeida garante que não há receita de
bolo quando o assunto é segurança de um shopping center. O certo e o
errado dependem da política adotada por cada empreendimento. Como
exemplo, ele coloca a questão da segurança privada ou terceirizada. O
que é melhor? "Depende", diz ele. "Se o foco de segurança é muito mais
operacional do que de patrimônio, a melhor opção é investir em segurança
privada. Se eu quero que meu funcionário de segurança saiba mexer, por
exemplo, no ar condicionado, corrigir a luz, interagir para o bem estar
do meu cliente, tenho que capacitar esta pessoa e colocá-la debaixo da
minha asa. Não poderia fazer isso com uma segurança terceirizada",
exemplifica. "E se treino o meu funcionário, crio nele um sentimento de
crescimento, valorização, posso pagar melhor e ele certamente poderá
render mais que um funcionário terceirizado. Só que com um detalhe; no
caso dos shoppings da Ancar Ivanhoe, sempre desarmado".
O especialista explica então a outra
realidade; ou seja, quando o ideal, de acordo com a experiência do grupo
que dirige, passa a ser a contratação de uma empresa terceirizada. "Do
lado de fora o foco é outro. Temos um ou outro funcionário próprio para
atender um cliente que esteja com o carro enguiçado, não acha o veículo
no estacionamento, mas a essência da segurança do estacionamento passa a
ser patrimonial e não mais operacional. E se vou colocar uma pessoa
armada, prefiro que seja de um serviço terceirizado. O custo-benefício
de uma segurança armada também é muito mais complicado. Mas perceba que
existem as duas possibilidades. O que é melhor? Volto a repetir: depende
da política adotada pela empresa".
Segundo Almeida, a maioria dos
shoppings no país trabalha com segurança terceirizada. "O custo pode
variar. Já vi empreendimentos investindo até 30% da receita em segurança
e outros bem menos. Mas se você perguntar para qualquer empreendedor
quanto ele investe em segurança, certamente ele não vai te responder".
"Onda de assaltos"
Muitos shoppings, principalmente nos
grandes centros, têm sido alvo de assaltos com quadrilha organizadas e
bastante planejamento. São Paulo, recentemente, sofreu uma onda assaltos
à joalherias, que agora não é mais registrada com tanta intensidade.
Saber qual será o próximo alvo é tarefa do gestor de segurança de um
shopping, diz Almeida. "A mancha criminal migra e um dos nossos papéis é
monitorar esta migração. Se os assaltos à joalherias estão sob
controle, não há dúvida de que outros alvos foram eleitos. E precisamos
antecipar o próximo passo. Algo que só é possível com parceria entre
segurança pública e privada".
"Não existe segurança privada sem
segurança pública. Isso é fato. Se uma das áreas falha, há um reflexo
imediato na outra. Onde o cliente assaltado num shopping vai registrar a
ocorrência? Em uma delegacia. E como a polícia vai agir dentro de uma
propriedade privada? Só mesmo com um trabalhado integrado com a
segurança interna do shopping. Um depende do outro e o que acontece lá
fora reflete aqui dentro. É inevitável".
Circuito interno
O circuito fechado de TV é uma
ferramenta importante para a segurança de qualquer shopping, mas,
sozinho, não quer dizer nada, afirma Almeida. "Os shoppings têm
monitoramento com câmeras quase total, mas este circuito fechado não
funciona sozinho, precisa estar integrado com alarmes, barreiras
eletrônicas e um operador da central experiente. Já evitamos crimes
porque nosso operador percebeu algo estranho em determinada pessoa. E,
nesse caso, não vou abordar a pessoa diretamente, posso perguntar se ela
está precisando de alguma informação. Pronto. Você quebra qualquer
possibilidade de crime. É a chamada segurança pró-ativa", conta o
gerente.
Crédito da foto de Nilton Almeida: Milena Celli
sábado, 25 de fevereiro de 2017
domingo, 19 de fevereiro de 2017
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